O Interactive Advertising Bureau (IAB), principal órgão do segmento digital interativo brasileiro, apresentou nesta terça-feira, 26, os resultados e projeções de crescimento para o mercado de publicidade em 2013.
Segundo Rafael Davini, presidente do órgão, a publicidade na internet ultrapassou os jornais e chegou a 32% de crescimento, se comparado com o mesmo período do ano passado. A web se tornou o segundo maior meio de publicidade ficando atrás apenas da TV.
Os grandes anunciantes brasileiros de internet movimentaram R$ 4,57 bilhões em 2012 e a previsão é que o investimento no setor cresça os mesmos 32% em 2013 (número que considera display, mídias sociais, buscadores e classificados), chegando a R$ 6 bilhões.
Os números consideram apenas o mercado de publicidade online e não incluem publicidade móvel e ad networks - redes que conectam diversos sites e disponibilizam o inventário para comercialização de publicidade para agências e anunciantes.
As aplicações em displays e mídias sociais devem crescer 21% neste ano, o que representará R$ 2,2 bilhões do montante. Já os investimentos em buscadores e mídias sociais devem crescer 39%, chegando a R$ 3,8 bilhões.
Quedas
Davini lembrou que o único meio que sofreu deflação no último ano foi a internet. Os valores de anúncios praticados caíram apesar do crescimento no setor.
"A oferta cresceu e o mercado de compradores jogou os preços para baixo. Nosso maior desafio agora é mostrar que este é o meio que mais cresce e é o mais efetivo, portanto, merece ser monetizado corretamente", comentou o presidente da IAB.
O executivo ainda informou que todos os outros meios, inclusive os jornais, que tiveram queda na audiência, desfrutaram da inflação no valor de anúncios, menos a web.
Fonte Olhar Digital www.olhardigital.com.br
O momento não poderia ser melhor – pelo menos para quem vende. Puxada pelo crescimento de grandes portais e também do e-commerce nacional, a publicidade online vive um momento único no Brasil. Para se ter uma ideia, atualmente o país ocupa a quarta posição no mundo em pageviews e é a sexta maior audiência da internet. Ou seja, nenhum anunciante pode ignorar tamanho potencial.
As marcas já conhecem o caminho das pedras para conquistar mais clientes e apostam cada vez mais no meio online; inclusive o governo brasileiro investe muito em publicidade na web. Tudo bem, a TV ainda é o meio favorito dos anunciantes, mas no ritmo que está, é capaz que algum dia essa situação acabe mudando de vez.
"A internet já está chegando ao nível da televisão em termos de importância e em termos de engajamento do público brasileiro. Ainda não está aí em termos de investimento, mas com certeza é o meio que mais cresce hoje em dia", comenta Alex Banks, vice-presidente latino-americano da comScore.
O engajamento do brasileiro no Facebook também fez as empresas – já há algum tempo – prestarem muita atenção em tudo o que rola na rede social. O ambiente é extremamente fértil para as marcas conhecerem melhor o perfil dos consumidores e até investir em anúncios direcionados.
Existem basicamente duas formas de anúncio na internet; o principal e mais comum ainda são os banners. "Também há diferentes formatos, com vídeos, aqueles que ocupam a página inteira em alguns segundos. É claro que cada um tem um preço diferente", diz Banks.
O objetivo maior das publicidades visuais é atrair visitas para o site ou fazer com o que o internauta mantenha aquela marca na cabeça; mesmo que inconscientemente.
A segunda maior alternativa para a publicidade online são os links patrocinados; quando o anúncio está embutido nos resultados de pesquisas de mecanismos de busca como o Google, por exemplo.
Por falar em Google, não só o gigante das buscas, mas praticamente todo site que você acessa observa e mapeia seu comportamento. Monitorando as buscas é possível traçar perfis mais embasados e vender essas informações a empresas de marketing.
"Não só os sites que você visita estão vendo seu comportamento, sua navegação, mas também anunciantes e empresas que ajudam anunciantes estão vendo essa informação", informa o executivo, lembrando que não são coletados dados pessoais, apenas algo que indique seus interesses.
Para nós, usuários, esse rastreio significa ofertas mais direcionadas e relacionadas aos nossos gostos; seja ela em publicidade ou na indicação de novos vídeos no YouTube, por exemplo. Por um lado, isso não é de tudo ruim – afinal, já que não tem como evitar a publicidade, melhor receber algo que tem a ver com você do que qualquer coisa completamente aleatória.
Mas esse bombardeio publicitário pode chegar a um nível meio incômodo. Às vezes parece que estamos sendo perseguidos e até forçados e efetuar determinada compra. É tão insistente que fica chato. Pior é quando pesquisamos, já compramos o produto e continuamos recebendo as mesmas ofertas.
"Dá para eliminar isso simplesmente limpando seu browser, eliminando seus cookies. Mas também, assim como você tem logins e senhas guardados no browser, é bom manter um perfil para ajudar a internet a se comunicar e ser um pouco mais personalizado para você e seus interesses", opina Banks.
Além da limpeza dos navegadores dos cookies, também dá para optar por navegadores que não permitem o rastreio. Tem gente que vai mais longe e apela para a Deep Web para despistar esses mecanismos inteligentes que te seguem o tempo todo para ofertar produtos de acordo com os sites que você visita.
baixo do vídeo nós separamos o link da reportagem especial que fizemos sobre a Deep Web. Acesse e confira também o link para baixar o Tor. Este é um browser que promete que nenhum site nunca mais irá coletar suas informações enquanto navega. E você, como lida com isso? Também acha invasivo e exagerado o formato da publicidade online? Aproveite e deixe sua opinião... participe. No nosso fórum há um tópico de discussão a respeito. Acesse e contribua com sua visão.